domingo, 31 de maio de 2009

Geeeeenteeeee

Pra ver as fotografias e o resto do texto acesse: http://bioreporter.blogspot.com/2009/05/florestas-energeticas.html

A energia que vem da Floresta, sem degradação
O projeto “Florestas energéticas” visa além de reflorestar áreas degradadas, produzir energia para as olarias que abastecem o Amazonas.

O Estado do Amazonas tem apenas cerca de 2% de sua área verde total desmatada, mesmo assim a extração de madeira, uma das principais matrizes energéticas cuja demanda aumenta a degradação do meio ambiente, é um dos seus maiores problemas.A maior parte das indústrias possui fornos abastecidos com madeira oriundas do extrativismo desordenado das florestas, onde não é aplicada nenhuma técnica de manejo ou reflorestamento, o que faz com que a floresta comercialmente explorada não seja mais capaz de sustentar a demanda exigida pelo mercado.Porém, para reverter essa situação, foi criado um projeto piloto chamado “Florestas energéticas” da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), com apoio financeiro da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).O mercado dos produtos das Florestas Energéticas é bem variado, e de acordo a classificação do Programa Nacional de Florestas (PNF) do Ministério do Meio Ambiente, esses produtos são: chapas e compensados, óleos e resinas; fármacos; cosméticos; alimentos; carvão, lenha e energia; papel e celulose; madeira e móveis.Mas o termo "florestas energéticas" é mais usado referindo-se ao manejo de florestas plantadas para produzir energia que não sejam oriundas de combustíveis fósseis, fornecedoras de biomassa florestal (matéria orgânica utilizada na produção de energia), com o objetivo de repor os volumes de madeira explorados, além de produzir lenha e carvão para uso das indústrias, evitando o desmatamento das florestas naturais.O projeto “Florestas energéticas” da EMBRAPA tem como finalidade reflorestar áreas que estão em processo de degradação, para recuperar florestas nativas que anteriormente foram usadas para a produção de energia em olarias, tais como nos municípios de Iranduba (à 25 km de distância de Manaus) e Manacapuru (à 84 km) cuja produção de tijolos e telhas abastece não somente Manaus como todo o Amazonas e que, por isso, são os dois municípios com os maiores índices de desmatamento no estado, onde 20% é referente a Iranduba e 10% a Manacapuru.Esse projeto começou a ser estudado e desenvolvido em 1995, dividido em três fases, como explica o engenheiro florestal e doutor em silvicultura Roberval Lima: “Primeiramente fizemos uma pesquisa junto com as empresas que usam este produto - lenha, carvão - identificando quais espécies elas estavam usando da floresta nativa e montamos uma lista de espécies. Então já com esta lista, fomos para a segunda fase do nosso trabalho que seria a obtenção das sementes, em que selecionamos as áreas onde se encontram estas espécies e começamos a fazer um acompanhamento delas para obtermos sementes de qualidade. A partir da identificação das áreas de ocorrência dessas espécies, fazemos a coleta das sementes e passamos a produzir as mudas para instalação do experimento. Esse experimento apresenta uma metodologia na qual nós estabelecemos um plantio, com todas as espécies que nós identificamos para daí fazermos uma analise das principais espécies que tem melhor crescimento e que melhor se adaptam ao clima e ao solo que estamos testando. Nessa primeira fase, nós começamos trabalhando com cerca de 60 espécies. Depois entramos no período de testes, com três anos de duração aproximadamente, que equivale a 10% da rotação desta cultura que gira em torno de trinta anos, em que se coloca o máximo de espécies no menor espaçamento de área possível. É o que chamamos da fase do arvoredo.

(CONTINUA)

Por: Clarissa Bacellar, Daniele Prestes, Dário Monteiro, Eliete Guedes, Filipe Augusto, Rômulo Araújo e Wallace Abreu.

Esse é um dos nossos trabalhos de Jornalismo Científico disponíveis no blog BIOREPORTER (O link está lá em cima)
E a nossa maior surpresa foi o comentário de quem avaliou o texto: "Do ponto de vista hierárquico tem um tratamento jornalístico." M.F.
Surpresa para todos depois de tanta dificuldade pra escrever o texto...
Mas está aí o resultado. E estamos muito orgulhosos do trabalho e da equipe...
VALEU!
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